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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Dois registros

Esses dias uma amiga minha que não vou dizer o nome... Porque isso é uma falta de respeito... né Mara... postou no Facebook um Blog muito bacana. Vou colocar aqui um dos textos que li... Leia ate o final...kkkk


Dois registros

Mais uma vez você está naquela situação: No banheiro, pelado dentro do box, encarando um par de registros que brotam da parede e pensa “de novo...”. Hoje em dia até para tomar banho existe técnica. Como se não bastasse a dificuldade que você já passa no dia-a-dia para gravar nomes no celular, programar o rádio-relógio e ajustar a hora no microondas, a modernidade faz questão de te trazer chuveiros com dois registros, ou “ducha”, na linguagem dos mais frescos.
Agora elas estão em todo lugar, desde motéis vagabundos de beira de estrada, até casas de milhões de reais em Alphaville, menos, é claro, na sua casa. No banheiro do seu apartamento de 70m² localizado na Zona Leste de São Paulo, o chuveiro tem apenas um registro e é dificílimo acertar o ponto ideal de abertura para um banho agradável. Se abrir meia volta do registro, a água já estará gelada; tem que abrir só um “cabelo”, a água vai ficar “pelando”. Para se tomar banho em um chuveiro assim, é necessário habilidade, uma vez que acertado o ponto ideal de temperatura, ele o mantém apenas por alguns minutos, para logo em seguida desligar e gelar de uma hora para a outra a água que cai nas suas costas. Para não dizer que não rola um aviso, ele deixa de fazer barulho, e esse é o momento em que você tem que saltar pra frente para sair do caminho da água, tentando não desequilibrar no chão molhado e se esborrachar. Porém, depois de anos de treino, os três ou quatro “saltos de desvio” por banho se tornam automáticos e você já nem se preocupa com esse detalhe. A ducha, porém, é um sistema diferente, e nem sempre padrão no que diz respeito ao acionamento. Na teoria, é sabido que uma das torneiras liberará a água quente e a outra a água fria e que a somatória das duas tornará o seu banho morno e agradável, mas ali na hora, qual escolher? Não adianta invocar qualquer conhecimento prévio em outras duchas, pois se na casa da sua avó a da esquerda é a quente, no motel da esquina pode ser a da direita. Tal qual uma “Porta da esperança” dos infernos, qualquer uma das opções irá te foder, e não adianta querer abrir as duas ao mesmo tempo, será impossível, pois você nasceu destro e não tem a mesma habilidade motora com a mão esquerda, que tem com a direita, além da óbvia posição que você ficaria ao tentar abrir os dois registros de uma só vez: Com as costas exatamente na direção da água, à mercê de qualquer falha técnica do sistema. Assim sendo, só lhe resta duas opções: Escolher um dos dois registros ou ir fedendo ao trabalho. Como a segunda opção é inviável, só lhe resta confiar nos seus instintos e esperar pelo melhor.

Com isso em mente, você escolhe abrir a fria primeiro, melhor aguentar alguns segundos de água gelada do que ver o couro das costas descer pelo ralo com a água fervente. O próximo passo é descobrir qual das duas é a torneira fria. Você olha fixamente para as duas, tentando achar algum sinal que denuncie qual é qual. Sinais “F” e “Q”, pontinhos azuis ou vermelhos no centro, enfim, qualquer coisa que lhe avise qual torneira é a que você quer abrir. Não há nada. Você então segura cada um dos registros em uma das mãos e tenta sentir a temperatura, imaginando que o registro da água quente estará (claro) mais quente. Nada!

Já atrasado para o trabalho você decide arriscar, fica o mais longe possível da direção da água, estica o braço em direção ao registro da direita e vira de uma vez e...

Nada acontece, tinham tirado a ducha, instalado um chuveiro e o outro registro que era o certo...

Quem quiser ver mais é so entrar no Blog http://desceotra.blogspot.com
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