E o que são, afinal, as tapas? O termo não se refere apenas ao pequeno tamanho das porções nem à origem espanhola dos ingredientes, mas sim ao modo de servir. O ato de se colocar pratos de diferentes comidinhas sobre a mesa, sem dono certo, para todos provarem (muitas vezes comendo com as mãos) dita um ritmo e um clima que diferem muito de um jantar comum. El tapeo (como os espanhóis chamam uma noite passada entre petiscos e biritas) já pressupõe algo livre, leve e solto. Missão quase impossível: destacamos cinco petiscos campeões no imenso universo de belisquetes e conversamos com o criador carioca do concurso nacional de petiscos Comida di Buteco, Eduardo Maya, que elogia a baixa gastronomia de Belo Horizonte…
Edurado Maya criador do concurso "Comida di Buteco" responde algumas perguntas!!!
O Rio é a capital nacional do boteco?
Já foi, mas hoje se veem mais, na Zona Sul, barzinhos daquelas redes com menus engessados, bolinho disso e daquilo. Encontramos verdadeiros botecos mais no subúrbio e na Zona Norte. Já em Belo Horizonte qualquer lugar tem bons botecos com petiscos criativos. Sua alma botequeira é viva e forte.
Quais as diferenças entre os botecos de diferentes capitais?
Em Manaus quase não se come em botecos. O Pará já é mais rico, tem pastel de jambu, pastel de pirarucu etc. Em Fortaleza os bares imensos são adorados. Goiânia usa ingredientes deliciosos, como pequi, guariroba. O que seria impensável em Beagá – petiscar sanduíches – é tradição em São Paulo, uma cidade-ONU, com incrível variedade de opções.
Que petiscos fazem mais sucesso por todo o Brasil?
Usa-se muita mandioca de norte a sul, e seus variados, assim como a carne de sol, o charque e o torresmo. O camarão está por toda parte também, exceto em Minas.
Vi no GQ.